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Ciranda fotográfica! A foto da foto da foto…

fevereiro 24, 2010

Qual é o nome da criança? A Sueda conhece a mãe. Foto: Carlos e Douglas

Histórias fotográficas e histórias de bairro. O Elincoln percebeu a coisa acontecendo, no dia da caminhada na Vila Resbalo. Juntou o material durante a edição e escreveu uma história louca. Uma ciranda fotográfica que rolou enquanto a moradora fazia um desabafo sobre a situação dos passeios da Vila.  Estas duas primeiras duas fotos foram feitas com a digital Lumix. Depois da narrativa do Elincoln está o resultado das fotografias pinholes feitas uma na espreita da outra.

Sueda! Consegue os nomes? Foto: Carlos e Douglas

Narrativa escrita pelo fotógrafo Elincoln Lucas:

“Essa foto é bem louca, porque nela o Leandro está tirando uma foto do Churras e esse está tirando uma foto de uma mulher com um bebê. Então são 3 “momentos” na mesma foto, que tem 3 visões diferentes, uma de cada câmera. Conversamos um pouco com a mulher da foto, ela nos pediu para tirar uma foto do lixo que tinha ao lado, para ver se as pessoas param de jogar-lo ali. O que me lembra de uma outra foto, tirada logo em seguida, que é a do lugar que tem o lixo. Ali está escrido: “Não coloque lixo!Ponha no cu da mãe”, isso mostra que as pessoas dessa região já estão de saco cheio da quantidade de lixo do lugar, com as pessoas que continuam a colocá-lo ali, ao lado de um campo de futebol, e com a prefeitura que certamente não faz nada para limpar o lugar. Já que para as pessoas da nossa prefeitura não faz nenhuma diferença se o povo mora no lixo ou não, eles não se importam com isso, só se importam com os votos dessas pessoas.

O que é pior, que ao lado de tudo isso tem um Condomínio, bem novo e limpo. Dá um choque muito grande nas pessoas que olham, de um lado o povo no lixo com seus bebês e do outro, em volta de um murro, um Condomínio.

Primeira foto pinhole. Retrato da mãe com o filho no colo. Foto: Eduardo Seidl

Segunda foto pinhole. A foto do Churras fotografando. Foto: Leandro Anton

Extraordionária terceira foto. O Leandro fotografando o Churras. Foto: Elincoln Lucas

E aqui a foto do local do lixo. Instinto reporteiro. Foto: Elincoln Lucas

Depois desta história, só nos resta esperar a próxima. Um ótimo exemplo de percepção. Tem que estar atento. As histórias estão por ai, nas esquinas, nas vielas, no meio do campo de futebol. Falando com os vizinhos ou conhecendo gente nova. Olhe para todos os lados e não se acostume com a paisagem!

Ótimas histórias na Resbalo, em fotos!

fevereiro 24, 2010

No dia 08 de fevereiro foi o primeiro encontro depois da saída fotográfica da Marcha do FSM10. Boa parte dos filmes foi revelado e podemos fazer uma leitura comentada dos negativos.
Os filmes utilizados em câmeras compactas e reflex tiveram melhor aproveitamento. Detectamos alguns problemas comas câmeras pinhole. Infiltração de luz e outras falias que indicam dificuldades de manuseio do obturador e passagem do filme.
Aproveitamos para recarregar algumas e iniciar novos testes.

No dia 12 de fevereiro saímos para um novo trajeto no Bairro Cristal. Fomo visitar a Vila Resbalo, uma das comunidades situadas nas margens do Arroio Cavalhada. Tivemos a companhia do líder comunitário Lenemar Bastos, morador da Vila Icaraí 2.

Calor em Porto Alegre. Se refresca quem pode. Foto: Eduardo Seidl

Nesta caminhada apareceram fotografias muito boas, mostrando sinais de que a galera está começando perceber como ‘pescar’ a fotografia no ambiente. Colocamos algumas empilhadas abaixo, mas aguardaremos uma reedição desta postagem com a colaboração dos fotógrafos do Projeto Imagens Faladas.

Foto: Carlos e Douglas, diviram a Lumix do ponto de Cultura

Imagem digital. Foto: Carlos e Douglas

Esta fotografia foi feita com a Pinhole, ainda no ponto de Cultura, como demonstração de uso do equipamento. Foto: Leandro Anton

Fotografia pinhole. A Sueda anotando, apoiada no poste, o tempo de exposição que utilizou na sua câmera pinhole. Foto Eduardo Seidl

Em breve uma atualização.

Nas flores do Cristal

fevereiro 23, 2010

Foto da Thaiane, destacada como a mais bonita fotografia de flores da caminhada à Vila Ecológica do dia 15.01.10.

Escrito pela fotógrafa Thaiane:

Fotos bem tiradas de flores , árvores são bem interessantes .
É claro que eu não sou profissional em fotografia , mas consigo me concentrar  e tirar melhores fotos de flores , árvores .
Essa foto foi uma das mais bonitas que eu tirei de flores no nosso primeiro encontro aqui do curso , é claro que ficou um pouco tremida , mas ficou muito boa pra quem não é profissional .
Agora com esses encontros vou cada vez mais tirar fotos de flores e árvores, tentar me especificar em fotografias de flores .

Essas fotos que eu e minha colega do curso fizemos , colocadas no blog ficaram bonitas, não boas que nem de profissional , mais muito bonitas , adorei .
Mas é diferente , é sobre paisagens, que é outro tipo de fotos que eu gosto, que também foram tiradas no nosso primeiro encontro do curso , na caminhada até o morro Santa Teresa.
Essas fotos foram tiradas com uma camera digital , que é um pouco melhor.
Mas qualquer camera são boas para tirar fotos , se tem precisão , ângulo e um bom diafragma .
É  isso , só tenho a dizer que estou adorando as aulas do curso de fotografia.

 

Mais algumas foto da Thaiane e Carolina, que dividiram uma digital Lumix compacta na caminhada

A Sueda, no canto da foto. Foto: Thaiane e Carolina

O contraste das flores com as cercas e portões. Foto: Thaiane e Carolina

 

Procurando o olhar…Marcha do FSM!

fevereiro 23, 2010

Algo que nos parece paisagem, mas é provocação. Foto: Eduardo Seidl

Câmeras prontas!? Pronto…..Ponto. Que nada! Ponto de Cultura é ir a frente. Hoje é dia da Marcha do FSM10 em Porto Alegre. O povo do Fórum Social Mundial vai estar reunido, pelo menos é o que aconteceu nas últimas edições aqui na cidade. A Av. Borges se enche de gente e de movimentos…em movimento. Cara feia, pintura bonita, faixa, bandeira, tambor. É hora de chamar atenção, de debochar do Errorismo a louvar a cooperação. Tudo pronto pra fotografia.

Algumas seleções das fotografias estão expostas aqui. Foram utilizadas cameras digitais,  compactas e reflex de 35mm e pinholes de caixa de fósforo. O ponto de encontro foi a Comunidade Utopia e Luta, na escadaria da Borges de Medeiros. Ali estavam, além dos moradores, movimentos urbanos, jovens e a Marcha Mundial das Mulheres.

A proposta é exercitar livremente o olhar. Buscar desde o que mais gosta até o que provoca mais interrogação. Procurar simbolos e compor recortes.

A primeira seleção é da Saionara, que fotografou com uma camera compacta para filmes 35mm, automática. Ágil e livre para se dedicar a composição.

Identificação com a Capoeira. Foto: Saionara

A diversidade cria raízes. Na fotografia assim como na arte, não existe errado, é proposta. A pauta era Marcha do FSM, mas como a cidade, tudo tem periferia. A fotógrafa Saionara destacou as pauta periféricas à Marcha. A Capoeira, o artesanato, faltou um ambulante de água com um isopor no ombro. Isto é abrir o olhar e seguir a intuição.

As feiras acompanham o altermundismo. Economia solidária, troca, etc. Foto: Saionara

trabalho autônomo, via de expressão, comércio local. Foto: Saionara

Escrito da Saionara sobre esta seleção de fotos comentadas em sala de aula:

A primeira foto foi de artesanato  que foi feita de papel  machê e vem da art-in poa. Bom, o que mais me chamou atenção foi os objetos que da para fazer com esse papel. Conheci esse papel no Fórum Mundial, era uma banca que estava no Gasômetro.
A segunda foto foi na Capoeira  (gasometrô) que estava muito bala mesmo. Mas pra falar a verdade gostei muito dos gingados dos professores e dos alunos.
Esse movimento é fera, muito legal, mas o importante é ver que pessoas ajudando entrando na roda.

A terceira foto também é de artesanato. Essa é a arte que eu adoro fazer, que é fuxico, que dá para fazer varias coisas mas é muito legal mesmo e o importante é que essa arte ela é feita com trapos (roupas velhas).

Flores, pulseiras, brincos e até mesmo anéis dá para fazer com panos.


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Este é o ensaio do fotógrafo Elincoln Lucas. Ele chegou perto da pauta, como sugeriu Robert Capa:

“Se a sua foto não é boa o suficiente, é você que não está perto o suficiente da notícia!”

Aguardamos o texto do Elincoln, comentando o ensaio da Marcha do FSM.

Fotografia também é movimento. Foto: Elincoln Lucas

Fotografia é senso crítico. Foto: Elincoln Lucas

Fotografia é percepção. Foto: Elincoln Lucas

É bonito quando podemos ver uma manifestação onde todas cabeças tenham liberdade de pensamento.
“Há momentos na vida em que, numa fração de segundo, temos a intuição e a absoluta certeza que uma iniciativa está destinada a um futuro promissor”, resume Bernard Cassen no livro “FSM: A construção de um mundo melhor”

Clima de festa. Foto: Elincoln Lucas

Corneta!!! Foto: Elincoln Lucas

Corneta!!! Foto: Elincoln Lucas

A galera da Aldeia da Paz estava na festa, tradicionalmente, mostrando as peculiaridades do outro mundo. Fizeram uma mística iluminada ao pôr-do-sol no final da marcha.

Foto: Elicnoln Lucas

Foto: Elincoln Lucas

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As fotografias da Sueda foram feitas com uma câmera compacta, automática, destes modelos “Enquadre e dispare”.
Além disto, esta câmera tem uma máscara que torna o enquadramento próximo do 16:9, panorâmica semelhante a uma tela de cinema.
Um formato que é surpreendente quando bem aproveitado pela fotógrafa, como nos mostra a Sueda nas fotos a seguir.

Montagem com duas fotos do sol, com temperaturas de cor diferentes. Fotos: Sueda

Gasômetro lotado. Foto: Sueda

Rolou um autoretrato, baita habilidade, tem que cuidar com o dedo na lente. Carol e a Sueda na direita do quadro. Foto: Sueda

As gurias assistindo a capoeira. Foto: Sueda

As seleções do GOUGLAS, NICOLAS e GUILHERME estão publicadas
na próxima página, clique aqui para visualizar.

Buraco de agulha e câmeras artesanais

fevereiro 21, 2010

Precisamos encontrar o crédito desta foto. A arte é da Tais, que não se conteve ao ver o filme desperdiçado.

No dia 22 de janeiro, voltamos para a sala de aula. Para uma tarde de trabalho manual. Artesanato!
Iniciamos a fabricação da câmera fotográfica mais barata do mundo. Uma Pinhole!
Pinhole é todo equipamento fotográfico que utiliza um “buraco de agulha” por onde passa a luz a marcar a foto sobre a superfície sensível à luz. Existem vários tipos, utilizando lata de leite em pó, lata de panetone, caixa de sapato, etc.

Vamos trabalhar com Pinhole de caixa de fósforo, com filmes 35mm. Filmes tradicionais utilizados em câmeras compactas domésticas. A idéia é proporcionar a maior autonomia possível para a produção de fotografias. Tanto de linguagem e pontos de vista como métodos e equipamentos utilizados.

O material necessário é este exposto na foto:

Existem várias referências destes equipamentos na internet. Com algumas pequenas variações, mas as regras básicas são as mesmas.

Um ótimo site que mostra passo a passo a fabricação do equipamento.
http://www.matchboxpinhole.com/

Aqui podemos ver alguns exemplos de fotos feitas com a Pinhole.
http://www.flickr.com/groups/matchboxpinhole/

O Luciano Montanha é um amigo que foi mais além e fabricou a sua câmara escura. Neste link podemos ver as fotos que ele fez. Ainda vamos receber uma visita do Montanha para conversarmos sobre a experiência dele.
http://www.flickr.com/photos/lucianomontanha/

Aqui tem mais vários exemplos de fotos feitas com a técnica do “Buraco de Agulha”
http://www.flickr.com/search/?q=pinhole&w=all

Câmeras prontas, o próximo passo é colocá-las em ação. Existem algumas regras básicas para se começar a fotografar com uma pinhole nova, mas cada câmera é diferente da outra e terá seus tempos particulares. Só a prática vai criar a afinidade do fotógrafo com seu equipamento, buscando fotos mais bonitas e tecnicamente boas.

A Saionara fotografando o quintal do Quilombo do Sopapo. Foto: Eduardo Seidl

O Elincoln também começou fotografando dentro do pátio do Ponto de Cultura. Nesta foto podemos ver ele em ação, levantando a cortina que expõe o buraco por onde entra a luz que vai marcar o filme. O tamanho do obturador é aproximadamente f/90. Bem menor que os obturadores utilizados em câmeras reflex, que vão geralmente de f/2.8 a f/22. Começamos a testar as câmeras com um tempo base de 1 segundo de exposição ao sol. A ficha de anotação dos tempos e a caneta são parte do equipamento. Depois dos primeiros filmes, é possível ir definindo para cada câmera tempos mais precisos.

Para o leitor deste blog ter um exemplo, fizemos um duelo fotográfico com a pinhole fabricada em aula e uma digital com lente 24mm. Assim podemos ter uma idéia de como fica cada tipo de fotografia.

Uma das primeiras fotos feitas com a Pinhole. Podemos ver algumas infiltrações de luz além de estar um pouco tremida. Com tempo de experiência vamos solucionar os detalhes.

Esta é a foto feita com a digital com lente 24mm. No exato momento em que o Elincoln estava contando o tempo de 1seg. de exposição.

Mutirão reúne mais de 20 pessoas

fevereiro 19, 2010

Janeiro e fevereiro sempre são meses de intensas transformações no Quilombo. Estão em andamento três interações estéticas e um curso de computação e comunicação no telecentro, além do início das obras e da nova configuração dos espaços físicos. Biblioteca, telecentro, incubadora, cinema e o estúdio de áudio.  Desde janeiro de 2008, antes de abrir as portas ao público, o Quilombo já era palco de mutirões.

Foto: Ana Paula Pinta

O Mutirão é um momento de interação do público no ponto de cultura, educandos, conselho gestor comunitário, parceiros institucionais e educadores. Estes encontros constroem o Quilombo do Sopapo e transformam o espaço,  como no dia 16 de janeiro, sábado, quando se realizou o primeiro de 2010. Já somamos quase uma dezena destes encontros nos primeiros dois anos do ponto na Capivari 602, bairro Cristal.

Filmes da caminhada do dia anterior. Foto: Coletivo Sopapo

Esta edição teve a participação de integrantes dos interações estéticas “Arte Bioconstruída”, “Rap Didádito” e “Imagens Faladas”. Contou também com a turma do curso “Computação e Comunicação”, da coordenação da Casa, da CVP, do Pontão Minuano e de amigos. Trabalhamos das 9 às 19h na área externa do Quilombo, nos jardins e na área de circulação. Enquanto rolava a função braçal, acontecia a oficina de grafitte com o Ernani. Os fotógrafos do “Imagens Faladas” aproveitavam para fotografar e olhar o material da primeira aula, quando aconteceu a saída para a Vila Ecológica.

Carreteiro para repor energias. Foto: Eduardo Seidl

Contamos com a participação de mais de 20 pessoas durante o dia, que também aproveitaram o almoço comunitário. Uma pancada de chuva no final do dia complementou a limpeza que o mutirão proporcionou no Ponto de Cultura Quilombo do Sopapo.